sábado, fevereiro 25

 

Telicka


terça-feira, fevereiro 14

 
- O que é que vais fazer no dia de S. Valentim?
- Estou indeciso entre ir para o engate e ficar aqui escondidinho na minha moita ... a observar(-te) ...

 

Portugueses e Portuguesas concidadãos ...

... aprendam qualquer coisa.

segunda-feira, fevereiro 13

 

Pergunta: "Tu linkas-me?!?"

Resposta:

Linka-me, linka-me mucho,
Como si fuera la última vez ...

domingo, fevereiro 12

 

Good habits run deep: Red Bull



Quando era estudante de doutoramento, ainda em Londres, um dos meus hábitos era ir comprar Red Bull durante as noites de trabalho (e quando ia abanar o capacete também).

Com os desafios da escrita da tese esse ritual deixou de ter lugar - o stress inerente à escrita era mais que suficiente - poupavam-se umas coroas em cafeina.

Os bons velhos hábitos voltaram!

(com direito a entrada na Wikipedia)

Note-se a escolha cuidada dos tempos verbais ...

[Diz a Morgan: " Misturado com Vodka é uma bomba!"

Confesso que prefiro sem Vodka, mas eu sou um homem aberto a novas experiências ...
]

sábado, fevereiro 11

 
A eterna discussão sobre as bondades e superioridades rivais das várias civilizações encontrou novo fôlego com a crise actual das caricaturas de Maomé. (...) Se trata de um tema cheio de espinhos e, por vários motivos, todos eles mais ou menos óbvios, muito poucas vezes discutido segundo os mínimos saudáveis de imparcialidade. Mas acima de tudo o que há aqui é muita confusão. Superior em relação com quê? De qual ponto de vista? Moral? Religioso? Tecnológico? Artístico? Uma soma de tudo? Quem sabe a fórmula matemática desta soma? E as parcelas todas que nela participam?

Poderia ser que uma análise fria das doutrinas das principais religiões colocasse o Islão em uma posição pouco lisonjeira enquanto a pacifismo e tolerânica se trate, e o Cristianismo em outra melhor situada, o que não quer dizer, é claro, que fosse aquela, entre todas, em que estes aspectos tenham maior importância. Mas o importante aqui é perceber que estas diferenças, a existirem, nunca proibiram em diversos momentos da história, alguns deles bastante largos, que por exemplo, a comunidade islâmica não fosse na práctica muito mais pacifista e tolerante que a cristã europeia. O tema da superioridade moral das religiões é senão absurdo seguramente inútil e falso.

Se situamos o conceito de patrimônio de uma civilização como soma das suas descobertas, dos problemas que se propôs tentar resolver, e das soluções que propôs para estes mesmos problemas ao largo dos tempos. O conjunto de mentefactos, sociofactos e artefactos que uma civilização inventa e acumula baixo o nome de cultura (...). Então nos parecerá mais ou menos óbvio que a civilização ocidental acumularia aqui eventualmente mais patentes. Passo a passo, por se acaso. No campo dos artefactos a superioridade tecnológica do Ocidente é óbvia, o que não quer dizer nunca que seja ou tenha sido eterna, nem muito menos. No campo das estructuras sociais, dos modelos de organizações das sociedades, etc, a diferença é talvez menos óbvia, mas pelo menos poderemos ainda considerar-la como provável. Se passamos aos tais mentefactos, a arte, a filosofia, as ideologias, as idéias em geral, a superioridade torna-se outra vez óbvia, não necessariamente no sentido quente da qualidade, mas no sentido frio da quantidade e variedade. Segundo esta concepção, aquilo que chamamos civilização ocidental, comparada com as demais civilizações, seria eventualmente superior, significando isto o que signifique. E diríamos isto sem qualquer espécie de orgulho, pois o mérito, tal como a culpa, não se herda, apenas a fortuna e o infortúnio.

Agora passarmos disto que aqui se diz ao corolário de que a civilização ocidental é portanto melhor, no sentido de mais boa, mais bondosa, que as demais civilizações é todo um absurdo. A civilização ocidental inventou muitas coisas, boas e más. A democracia e o estado de direito laico moderno, mas também o nazismo e o comunismo soviético. A penicilina mas também a bomba atômica. Nem a bondade e tão pouco a maldade se encontram na cultura, mas no homem somente, e homens somos todos. Os instintos necessários e suficientes para criar a tragédia existe nos membros de todas as civilizações. E tal como nós ocidentais temos na nossa história inumeráveis campos de concentração, gulags, genocídios vários e todos horríveis, também nas civilizações orientais, africanas, etc, encontraremos outros holocaustos, seus, igualmente monstruosos. O problema da maldade intrínseca ao homem aparentemente não pode ser resolvido enquanto o homem for homem, e por mais inventos que as várias civilizações criem, e as cumbres que estas alcancem, o horror parece sempre voltar a acontecer, e não necessariamente com menor intensidade que antes...


Pois é ... "não necessariamente com menor intensidade que antes ..."

 

Como diria o JPP "É todo um programa"


dei conta disto há muito tempo, enquanto via um episódio do seinfeld, vá lá deus saber porquê. mas é um facto da vida, fútil mas útil a muita gente e cá vai:

não há homem mais imundo que com um banho, umas calças de ganga normais [que podem ser trocadas por umas caqui], uns ténis clássicos [que podem ser trocados por uma palmilha mais formal], uma t-shirt branca e um pullover azul escuro [decote em V já agora] e um, vá lá, casaco pró desportivo em jeito de blusão castanho, não saia prestável.

note-se que o banho é indispensável. mas note-se também o que este ensemble consegue fazer mesmo pela mais repelente criatura.

fórmula de que nem todos precisam [não recomendaria a uniformização aos kramers e outros, que estão muito bem assim], e que não será original. mas sai limpinho.

e pronto, era isto.

 
Quem não as entende ...

 
Até que enfim que alguém se preocupa com coisas verdadeiramente importantes.

P.S.: Convenhamos que nestas coisas eu sou um bocado tendencioso.
P.S. 2: Descoberto aqui.

sexta-feira, fevereiro 10

 
Efectivamente cara Morgan! Já não há Homens com H maiúsculo é o que é!

 
Está tudo explicado! A origem do problema é o meu nome ...

 
"Há histórias que fluem nos troncos das árvores genealógicas, indiferentes aos rudimentos da cladística. É uma seiva elaborada que deixa os primos dos ramos mais distantes infinitamente próximos. Não é uma omnisciência, porque para cada história há pelo menos dois segredos. São memes, memes familiares. (Sabes o que são memes?) O teu bisavô a raptar a tua bisavó a cavalo, um meme brutal. Um meme que se imagina com requinte cinematográfico, o jovem montado à mongol ou à índio da América do Norte, abraçando o animal com as pernas e a moça com os braços, arrancando-a do chão e aos trisavôs. Todos novos, na altura, num Portugal rural, sem subúrbios. O problema é quando falta o álbum de família ou um deserdado rancoroso que evite a deriva mitómana. Rapto da bisavó a cavalo? Uma pileca, talvez pela calada, a coisa combinada em segredo, os trisavôs no sono dos justos. Não se sabe. Fica a reverberar aquele galope de cascos em terra fértil, a bisavó num vestido branco sujo de lama, o trisavô do alto de uma colina, a armar a espingarda e a hesitar, por falta de um tiro limpo que fizesse tombar o homem. Ao jantar, alguém sempre conclui o relato, dizendo: "não estaríamos aqui hoje". Raios partam o bisavô, que pôs a fasquia do romantismo a uma altura impossível. Nem tentei aprender a montar." [Surripiado daqui.]

 
Nisto do bloganço, o grande problema é decidir o que se deve dizer e o que não se deve dizer e como se deve dizer.

 

Passeando pela net (TM)

Um caso (flagrante) de plágio no mundo da ciência. Denunciado aqui. É interessante que tão depressa se faz a denúncia como asseguir se iliba um dos culpados, à luz de que critério?

Um colega meu dizia que os artigos científicos só eram lidos pelos autores e pelos refrees, queres ver que o cínismo dele afinal é uma forma de optimismo ...

quarta-feira, fevereiro 8

 

A liberdade de expressão

Muito se tem dito sobre a dita senhora. Muito se tem zurzido sobre a necessidade de a deixar ser senhora do seu nariz sem outros constrangimentos. Bem ditos sejam os que assim pensam. Bem ditos sejam porque certamente nunca se viram ofendidos por nenhuma lingua mais afiada.

Se essa coisa da liberdade expressão é uma coisa assim tão sagrada, digam-me lá se os que se indignaram com os cartoons tem o direito (ao abrigo da liberdade de expressão) de apelar à violência contra os senhores que os fizeram?

Pois eu acho que não, e para mim é óbvio que isto já é impôr limites à liberdade de expressão. E eu acho que isto que pode incomodar algumas pessoas (por razões compreensíveis) pode assegurar um sono descansado a muita gente.

 

Carta aberta a Vasco Eme Barreto

Então e as vantagens de não ter caixas de comentários?

terça-feira, fevereiro 7

 

Anúncio:


Procuram-se razões para me voltar a enamorar por essa senhora a que vulgarmente chamamos ciência ...

domingo, fevereiro 5

 
A liberdade de expressão não iliba das suas responsabilidades aqueles que decidem ignorar o mais elementar bom censo.

sábado, fevereiro 4

 

Coisas estranhas

Receber ou escrever mensagens terminando com:

- Yours
- Yours sincerely ou
- Yours faithfully

 
Todos nós sabemos que os Jesuitas foram a nossa Rainha Victória.


sexta-feira, fevereiro 3

 

Bill Gates

Impressões sobre a entrevista de Bill Gates à RTP:
- O Marketing da Microsoft (o homem farta-se de ler sobre medicina tropical)
- O ar de desdém de Bill Gates quando questões de natureza pessoal e a questão do poder foram discutidas (para os standards anglosaxónicos a entrevistadora estav de facto um pouco deslocada, mesmo tendo tratado Bill Gates pos Mr.)
- Os sorrisos de Bill Gates cuidadosamente escolhidos - é a tal questão do poder.

 

nada de dizer que este blog não liga à actualidade


 

Quando for grande quero ser como o João Pedro George

É essa a verdade: quando for grande quero ser como o João Pedro George. O obstáculo que se me coloca é escolher as obras sobre as quais verterei o meu fel, depois as leis do determinismo físico tomarão conta de mim e tudo acontecerá naturalmente. Se por acaso me apanharem a tecer rasgados elogios a uma das minhas vítimas não de iludam! Será apenas com o fito de mostrar o cuidado que ponho na sua escolha.

O naco de prosa a que hoje me vou dedicar é uma carta extraída da correspondência sentimental de uma das nossas leitoras (sem link) datada de 20 de Janeiro de 1996. Trata-se de um exemplar raro, portanto. Devo dizer que os meus pais, antes do seu casamento, no ido Verão-quente-de-75, mantiveram um romance epistolar. Como diria a minha avó isso foi na altura da "maluqueira". Isto, há trinta anos. Ora, a raridade do exemplar que estudamos hoje deriva justamente da escolha, em pelno ano de 96, da epistola para comunicar o sentimento amoroso. Vale a pena lembrar que na altura, em meio urbano, não era de todo invulgar o uso de telemovel. A escolha da epistola revela-se acertada - o desdém da destinatária pelo uso da mensagem curta como expressão romantica é do domínio público.

Ora, dizia eu, o uso de epístola é um claro sinal da influência de Platão sobre o nosso autor. De resto o próprio texto da carta é claro a esse respeito. Por um lado o autor refere o anterior evio de um postal ilustrado, mas mais significativo é o terceiro parágrafo da obra em apreço "Serás sempre o meu amor mesmo quando saires da nossa escola." Querem prova mais directa da tese aqui apresentada?!

Mas o platonismo não é senão uma manta curta - por de trás das ideias puras da caverna platónica esconde-se a dura realidade quotidiana da relação objectal.

Voltemos a analisar a frase. "Serás sempre o meu amor mesmo quando saires da nossa escola." O autor faz uma paráfrase dos votos matrimoniais católicos (provavelmente inconsciente). Aqui não é a morte que apartará do nosso autor a sua amada, mas sim o progresso académico desta última. É tentador supor que o progresso académico da destinatária da nossa carta era mais célere do que o do nosso autor, apesar do óbvio interesse dela pelo futebol e pelo ping-pong. Um drama diário nas sociedades contemporâneas.

Exploremos outras possibilidades de análise. Outra possibilidade plausível (o quê, não vos chega este adjectivo?!) é a possibilidade de uma diferença etária que, mais tarde ou mais cedo, forçaria o afastamento dos potenciais amantes. É todo um programa que se estende inexplorado à nossa frente! Há a reter que a destinatária da carta tinha na altura 11 anos, significa isto que na hipótese da diferença etária estamos perante uma criança que se enamorou por uma rapariga na puberdade, o motivo será provavelmente a curiosidades masculina peranta a sexualidade feminina que ali desponta.

[Desculpa, ter-me apoderado do teu espólio, para escrever um post tão autobiográfico, mas a projecção é o mecanismo mais eficiente para lidar com a "dura realidade quotidiana" "que se esconde por de trás das ideias puras da caverna platónica".]

 
Zabelinha bem sei que és uma senhora mas se me voltas a acusar de ler o The Guardian juro que te arrependes!

quinta-feira, fevereiro 2

 

Uma Nova Mulher

Simone

Que venha essa nova mulher de dentro de mim,
Com olhos felinos felizes e mãos de cetim
E venha sem medo das sombras, que rondam o meu coração,
E ponha nos sonhos dos homens
A sede voraz, da paixão
Que venha de dentro de mim, ou de onde vier,
Com toda malícia e segredos que eu não souber
Que tenha o cio das onças e lute com todas as forças,
Conquiste o direito de ser uma nova mulher
Livre, livre, livre para o amor....quero ser assim, quero ser assim
Senhora das minhas vontades
E dona de mim livre, livre, livre para o amor, quero ser assim,
Quero ser assim, senhora das
Minha vontades e dona de mim....
Que venha de dentro de mim, ou de onde vier,
Com toda malícia e segredos que eu não souber
Que tenha o cio das corças e lute com todas as forças,
Conquiste o direito de ser uma nova mulher
Livre, livre, livre para o amor quero ser assim, quero ser assim,
Senhora das minhas vontades
E dona de mim livre, livre, livre para o amor, quero ser assim,
Quero ser assim, senhora das
Minhas vontades e dona de mim....
Que venha essa nova mulher de dentro de mim
Que venha de dentro de mim ou de onde vier
Que venha essa nova mulher de dentro de mim

 
I. anuncia-se no MSN como a nova Samantha Jones - assim, de repente, pelo nome não conhecia a senhora.

Fui ver: encontrei isto.

 

Lilith

Director: Robert Rossen
Cast: Warren Beatty, Jean Seberg, Peter Fonda
(Columbia, 1964)
DVD release: 2004

Review by Robert Horning

Lilith is the last film by writer-director Robert Rossen, a Communist party member who eventually named names before the House Un-American Activities Committee in 1953 after suffering two years on the blacklist. And so, it's tempting to read this mental-institution drama as some kind of political allegory, especially considering Jean Seberg's radical politics (...), and Warren Beatty's future as a countercultural icon (...).

But the punishment the film metes out to its naïve protagonist for his eager but misguided desire to "help people more directly" suggests disillusionment with politics of all kinds. It's infused instead with a sense of futility, ending with the authoritarian caretakers of the sanitarium maintaining the status quo in which little hope is held out for anyone being cured, (...).

Based on a novel by J. R. Salamanca, Lilith tells the story of Vincent (Beatty), a Korean War veteran who works as an occupational therapist at a sanitarium. There he falls under the spell of a charismatic schizophrenic, Lilith (Seberg), who inhabits a fanciful universe wherein angels speak to her in a made-up language and she has a god's prerogatives. In the opening titles sequence and an awkward expository scene with the institution's doctors, Lilith is likened to a deranged spider, whose chaotic web, spun without design or purpose, nonetheless retains its ability to ensnare. Despite this setup, the film labors to make her behavior predictable or explicable. "She wants to leave the mark of her desire on every living creature," Lilith says of herself, "If she were Caesar, she'd do it with a sword. If she were a poet, she'd do it with words. But she's Lilith, so she has to do it with her body."

All the heavy-handedness is a pity, because it undercuts Seberg's performance, which invests Lilith with a more provocative complexity. Lilith's seductive self-involvement, irresistible to fellow patients and doctors alike, and her childish eagerness to please are inseparable from her seething malevolence at the world's fundamental intractability. The film devotes a fair amount of time to studying Seberg's face, whose every expression seems made up of contradictory impulses. In her shifts among those impulses, you can see how Lilith's volatility makes her so compelling to her many lovers, including a frosty lesbian patient (Anne Meachum), (...), and Vincent, who, as her therapist, abets her nymphomania.

Despite such potentially lurid subject matter, however, the film's not out to exploit insanity for sensationalistic thrills. Rather, it seems almost to dramatize psychologist R. D. Laing's influential ideas about schizophrenia, first put forward in 1960. He saw schizophrenia as a desperate attempt at personal authenticity and a reasonable response to the corrosive effects of modern society, arguing that therapists should not challenge the schizophrenic's delusions, but indulge them and try to empathize with them.

This is certainly the approach Vincent is encouraged to take with Lilith, so that as the lack of boundaries in their relationship becomes more appalling, Vincent's bosses can't praise him enough. He begins to question whether Lilith's world, full of spontaneous whimsy, unfettered id, and unqualified emotional indulgence, isn't preferable to the "normal" world, depicted as shallow and corrupt, particularly in a scene where Vincent visits the home of an old girlfriend, now married to a boorish cretin (played memorably by a young Gene Hackman). After liquoring herself up, she makes herself available to Vincent, providing a dreary counterpoint to Lilith's more fanciful wantonness.

As Vincent vacillates between his disillusionment with everyday life and excitement over the alternative Lilith offers, Beatty captures his ambivalence perfectly. As Lilith draws Vincent in, you can see both the pleasure he takes in her flattery and the confidence it gives him. Even as he agonizes to his supervisors over his ethical quandaries, he condones her manipulations of fellow patients. Eventually, he loses his qualms and begins sleeping with her, arranging special field trips to afford himself opportunities.

This likely sounds sleazy and unsympathetic, and it is, kind of, but Beatty is able to rescue some of our emotional involvement with his character through sheer brooding charisma. Laing warned that therapists should be prepared to acknowledge their own "psychotic potential," which Beatty reveals adeptly here (...). Laconic almost to the point of somnambulism, he seems always slightly removed from his own actions, as if he is studying himself, trying to validate his own responses.

The film's episodic structure carries us along quickly, without trying to explain too much, allowing events to flow with a dreamlike inevitability that, unlike Lilith, feels convincing because it hasn't been overly dissected. All this makes the tidy explanations at film's end harder to stomach. When we suddenly learn their pathologies are specific to their family histories, what looked like a far-reaching critique of contemporary society suddenly looks banal. The characters become objects of pity (...).

Despite such limits, however, Lilith is pregnant with interpretive possibility. The cultural depiction of female madness has a long, dubious history, and as with most films about insane women, it's difficult to decide whether the film is a proto-feminist indictment of how a sexist culture drives women insane, or whether it actually embraces sexist notions of inherent female instability and narcissism. Does it proscribe female desire or strive to represent its revolutionary potential? At the beginning of the film, Vincent's boss asks, "Somehow insanity seems a lot less sinister to watch in a man than in a woman, doesn't it?" His question invites us to contemplate what is so threatening about female madness -- its subversiveness and intimations of voracious female sexual desire -- and why. Can one can hear echoes of Helêne Cixous's reason-defying "laugh of the medusa" subverting phallocentrism in Lilith's crazy cackle, or merely a parody of same? That both seem plausible is testimony to the film's enduring relevance.

 
Nota para o próprio: não escrever um post em que as palavras parto e exame sejam termos de comparação.

 

Grandes ideias

(...) decidi criar uma pseudo-crónica chamada "Problemas de expressão". Uma forma de tornar este blog mais quente sobretudo quando ele se torna mais blue... Assim, esperem grandes declarações apaixonadas por aqui.. minhas ou alheias, sem periodicidade regular (...)

[No meu caso há com certeza muito material de base ...]

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

my stats